Ao levantar, abra a janela, olhe a rua e repare nos detalhes: a cor do céu, a forma das nuvens, o brilho do dia, os pássaros no céu, e cheire… Feche os olhos e sinta o aroma do dia, sinta a vida a entrar em si e permita-se sorrir.
Olhe os outros nos olhos, sinta o que se passa dentro deles – estão tristes, cansados, ou felizes? Estão fechados, isolados ou abertos e expandidos? Não julgue. Sinta a ligação.
Vá onde não costuma ir no seu dia-a-dia. Quantas vezes deixou para depois o que queria fazer hoje? Viva no presente.
Passeie na rua e sinta os seus pés contra o chão, sinta as pedras da calçada, o alcatrão da estrada, a terra batida ou o relvado.
Olhe-se ao espelho. Faça caretas, ria ou chore. Respeite o seu corpo e resgate o seu poder.
Saboreie a comida lentamente, perceba as texturas, temperaturas e sabores.
Respire atentamente. Pare com regularidade.
Agradeça. A sua casa, cama e sofá; o duche quente e o calor da toalha; o abraço que recebe, o sorriso que pode dar; o amor que existe de alguma forma na sua vida – descubra-o onde não o viu antes.
Se chover, fizer vento ou estiver frio não reclame. Sinta o prazer do Inverno. Quando o calor chegar, sinta-o na sua pele e deixe-se arrepiar de prazer.
Permita-se recordar e reviver a sua criança interior, descobrindo a vida a cada instante, olhando para tudo e todos como se fosse a primeira vez.
Se poder dance, com música ou sem ela. Descubra o seu som interior e o que existe na natureza.
Escreva uma carta de amor e lance-a no espaço. E, sempre que possível, expresse os seus sentimentos. Não os guarde, fechados e sem vida. Atreva-se!
Olhe para si e veja o valor único que tem, o que só você pode acrescentar ao seu mundo e ao dos outros. Ame-se!
E sorria, sorria muito. Sorria até perante as dificuldades e, como diz o poeta Pessoa, guarde as pedras que encontrar no caminho para, um dia, poder fazer um castelo!
“A vida é feita de pequenos momentos”.
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